quinta-feira, 26 de junho de 2008

Política de cotas para negros nas Universidades

Para o governo é glorioso afirmar que ampliou o número de cotas para negros nas Universidades Federais, mas isso reflete que vai ser difícil reduzir a descriminação no Brasil, pois para solucionar um “problema” confunde a questão social com a questão racial.
Não negamos que devido à herança da colonização do Brasil os negros são na maioria pobre, passam por exploração, desigualdade, assim como outras pessoas que não são negras. Então a questão é social ou racial?
O sistema de cotas ao mesmo tempo em que inclui negros nas Universidades Federais continua o processo de descriminação referente à cor de sua pele, enquanto se origina outro, aquele que é pobre e não é negro, por isso não foi incluído no sistema de cotas. Cadê a igualdade social indiferente de cor de pele, cultura, classe social, etc.?
Acredito que se não houver uma igualdade social e o governo tratar dessas questões com respeito será difícil de resolver essas indiferenças. O problema tem que ser resolvido antes de chegar à Faculdade, proporcionar um ensino de qualidade, e ainda mais desenvolver projetos para proporcionar a sociedade dignidade de um emprego, saúde, segurança é dever do Estado.
Ah, mas isso é de interesse da sociedade não do poder público ao que parece. Isso pode ter um custo muito alto e resultado em longo prazo, mas apenas fornecer cotas para negros nas Universidades seria uma solução rápida e de baixo custo. Dá a impressão de que querem apenas parecer preocupados com a causa “contra o racismo”.
Acadêmica Fabiula